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31 de out. de 2011

Usina Hidrelétrica de Itaipu




5 de Novembro de 1982

Dia em que foi inaugurada a usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo.
Itaipu gera um quarto da eletricidade consumida no Brasil.
Com a quantidade de cimento que foi usada na construção de Itaipu daria para construir 200 estádios do tamanho do Maracanã.
Com a quantidade de aço daria para construir 350 torres como a Torre Eiffel de Paris.
A barragem de Itaipu tem a mesma altura que um prédio de 63 andares e a extensão de mais de um quilômetro.

Itaipu

Quanto custou para construir esse colosso da engenharia?
Itaipu custou 18 bilhões de dólares.

Tudo bem que Itaipu é um colosso da engenharia, mas é preciso lembrar que a implantação da usina acabou com uma das mais belas imagens do mundo, as Sete Quedas.

Sete Quedas era a maior cachoeira do mundo em volume de água e desapareceu depois que a construção de Itaipu represou o Rio Paraná, fazendo subir o nível do rio em 120 metros.


O lago formado pela água represada por Itaipu é o segundo maior lago artificial do mundo. 

Casas pré-fabricadas são mais baratas e rápidas

Empresa contratada é responsável pelo projeto e pela execução

Rapidez, economia e praticidade são algumas das vantagens das casas pré-fabricadas em relação às construções tradicionais. Apesar do nome, os imóveis não vêm prontos de fábrica e permitem personalizar o projeto, sendo flexíveis quanto a materiais, tamanhos e valores.

A denominação "pré-fabricada" indica que determinadas etapas do processo ocorrem de forma industrial, seriada, às vezes nos fabricantes e às vezes no próprio local do empreendimento. A explicação é do diretor de Tecnologia, Materiais e Insumos de Fornecedores do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis, Marco Aurélio Alberton. O engenheiro dá o exemplo das paredes, que podem ser de painéis de concreto, moldados na usina e montados no terreno cliente, de acordo com o projeto.

Rapidez 
Montar uma casa usando painéis de concreto (ou cerâmicos, entre outras possibilidades) é mais rápido do que construir paredes assentando tijolo sobre tijolo. Em locais mais distantes ou de difícil acesso, a casa pré-fabricada também diminui a demora causada pelo transporte de materiais.
construção pre montada


O conceito do sistema industrializado é o de linha de montagem, por isso a técnica é muito utilizada em habitações para segmentos de baixa renda, explica Alberton. A mesma forma utilizada para levantar a parede de uma casa serve para o imóvel ao lado, e assim a construção adota outro ritmo.

Uma casa de cerca de 40 metros quadrados, em alvenaria, que no sistema tradicional levaria de 60 a 90 dias para ficar pronta, por exemplo, pode se concluída em menos de um mês se for pré-fabricada, calcula o representante do Sinduscon-SC.


construção pre montada Custo 

Como o tempo de construção é menor, o gasto com mão-de-obra também é mais baixo. Em uma construção tradicional, por exemplo, remunerações e encargos sociais representam 42% do Custo Unitário Básico (CUB) R8N, segundo dados de abril do Sinduscon-RS. O índice para casas de alvenaria de padrão baixo ficou em R$ 817,83 por metro quadrado, enquanto a pré-fabricada simples sai por cerca de R$ 700 o metro quadrado. Se for um sobrado, a média fica em R$ 950 - ou R$ 750 se for em madeira, aproxima Couto.

No material, a economia vem em duas frentes: a empresa responsável pela obra compra em quantidades maiores, e os preços são negociados com fornecedores. Os moldes, que apesar de caros podem ser usados em mais de uma empreitada, também contribuem para diminuir o valor da obra.
construção pre montada


O melhor de tudo é que o proprietário não precisa se preocupar com nenhum dos itens anteriores. Interessa, a quem contrata o serviço, saber que o valor do metro quadrado será menor do que seria no sistema convencional. O preço total da casa é fixado antes do início dos trabalhos, ou seja, não está sujeito a variações de mercado. Além disso, quando parcelado, é possível planejar os pagamentos antes de levantar a primeira parede.


forma para fabricação de blocos ergonomica usimak


Praticidade 

A participação do dono do imóvel se dá no início do processo. As empresas apresentam projetos prontos, mas o cliente pode personalizar a propriedade de acordo com suas necessidades. Alessandro Couto, do departamento de vendas da Casa das Casas, explica que o proprietário também pode escolher o tipo de telha, piso, forro e pintura, entre outros itens. A opção também deve ser feita entre alvenaria e madeira - a diferença, esclarece, é no prazo de entrega, mais curto para os imóveis em madeira. O cliente pode deixar certos trabalhos de fora do contrato - como a pintura, por exemplo, ou os vidros.

Contrato fechado, com todas as descrições de serviços incluídos, o trabalho é com a empreiteira. À empresa também cabe assumir a responsabilidade técnica pelo empreendimento e aprovar o projeto junto a prefeitura e outros órgãos competentes.

Restrições 

Apesar do alto nível de personalização que as casas pré-fabricadas podem ter, os modelos sofrem certas restrições decorrentes do processo produtivo. A altura das paredes é um dos itens determinados pelos fabricantes, e o mesmo acontece com as larguras de portas e janelas - ou seja, não é possível fazer uma entrada mais larga para a sacada ou mais estreita para o banheiro, por exemplo.

Os imóveis têm tamanho mínimo de 40m² quando feitos de madeira e de 51m² quando construídos em alvenaria. Não há tamanho máximo, diz Couto, e mesmo o uso da madeira na não impede a casa de ter mais de um andar. Quanto à resistência, Alberton explica que alvenaria e madeira são materiais equivalentes, desde que tratados de acordo com as normas técnicas. "Hoje se tem autoclave para madeira, processos que tiram a umidade, produtos para defender contra cupins", detalha.
construção pre montada O engenheiro do Sinduscon-SC ressalta a importância da análise do terreno antes de se erguer o imóvel. Não existem restrições quanto a tipo de solo, mas determinados locais precisam de tratamentos diferenciados - como estaqueamento - antes de receber a casa. E preparar a fundação, em certos casos, pode encarecer o projeto.

Financiamento 

É possível contrair financiamento para a obra junto a bancos públicos e financeiras particulares. A Caixa Econômica Federal, segundo Couto, dá até 30 anos de prazo para quitar construções em alvenaria e até 10 anos para casas em madeira. No entanto, o projeto da propriedade precisa ser aprovado junto aos engenheiros do banco, o que nem sempre é tarefa fácil, alerta Alberton.
origem; 

28 de out. de 2011

Muro com blocos de concreto de vedação



Dica de como levantar um muro, utilizando blocos de vedação.



O primeiro passo para levantar um muro com blocos de cimento, é abrir a vala com 5 à 8 cm. maior do que a medida da largura da canaleta de blocos de concreto que irá utilizar. 30 cm. é o ideal!

Dependendo da altura do muro de bloco de concreto, a profundidade da vala pode ser:
1,00 metro : vala de 20 cm.
1,50 metro : vala de 30 cm.
2,00 metro : vala de 40 cm.
2,50 metro : vala de 50 cm.

Compacte o fundo da vala e coloque uma camada de concreto magro com espessura de aproximadamente 5 centímetros. Quando esta primeira camada de concreto estiver sêca, comece a assentar as canaletas de blocos de cimento tipo baldrame.

Inicie e colocação das canaletas por uma das extremidades da vala, depois coloque outra canaleta na outra extremidade, passando uma linha entre uma canaleta de concreto e a outra, de forma que o alinhamento possa estar perfeito.

A argamassa para o assentamento das canaletas de concreto, deve ser com a seguinte proporção:
01 (uma) lata de cimento.
1/2 (meia) lata de cal.
6 (seis) latas de areia.







A linha serve de orientação para a colocação da canaleta de concreto tipo baldrame.

Sempre utilizando a linha como referência, continue a assentar as canaletas de concreto sobre a argamassa.

Preencher com argamassa os vãos entre uma canaleta e outra para melhorar a fixação e o alinhamento da fundação.






Coloque a ferragem no centro da canaleta de concreto, amarre a coluna vertical no vergalhão CA-50 com arame recozido. Depois preencha o vão central da canaleta com concreto, até cobrir totalmente a ferragem, conforme medidas abaixo:
01 (uma) lata de cimento.
02 (duas) latas de areia.
03 (três) latas de brita(pedrisco).
Medida da lata = 18 litros.

Vá levantando o muro com os blocos de concreto a partir das extremidades, preenchendo os blocos dos cantos com o graute. A cada 7 (sete) blocos de concreto, que mede 40 cm. cada, temos a medida de 2,80 mts.

A partir desta medida, podemos optar por deixar um espaço de 20 cm. para executar um pilarete, ou utilizar o graute preenchendo totalmente o vão do bloco de concreto onde está fixado a armadura vertical.
Vá colocando a argamassa de concreto com esta ferramenta que limita a quantidade correta para o assentamento dos blocos de concreto e após assentar o bloco, raspe as laterais afim de retirar as rebarbas.

A cada fiada dos blocos de concreto, não se esqueça de verificar o prumo e o nível.

Assim que colocar a última fiada dos blocos de concreto, convém preencher os vãos dos blocos com argamassa, afim de evitar a infiltração da água das chuvas que podem enfraquecer a resistência do muro.

27 de out. de 2011

Concreto reciclado e garrafas pet podem ser solução para garantir economia e preservação

Pesquisadores desenvolvem produtos para a construção civil a partir de resíduos descartados todos os dias em residências ou nos canteiros de obras


A significativa quantidade de resíduos produzida pela construção civil, relacionada à falta de qualificação, de utilização de novas tecnologias e ao alto grau de desperdício provoca um grande problema, pois as áreas irregulares de descarte são responsáveis pela contaminação de rios; dificultam a drenagem e causam o assoreamento, entre outros. No Brasil, o setor é o maior responsável pela geração de resíduos. Estima-se que até 10% do material nos canteiros de obras é desperdiçado, sendo que mais de 90% desses resíduos podem ser reutilizados. Dois tipos de concreto podem ser reciclados: resíduos de concreto das centrais dosadoras e resíduos de concreto provenientes de Resíduos de Construção e Demolição. Para amenizar o problema e ainda baratear as obras algumas instituições pesquisam e fabricam concreto reciclado e outros produtos que podem substituir o concreto tradicional nas obras. O reaproveitamento, além das vantagens econômicas e ecológicas, pode substituir até 25% dos agregados convencionais sem alterar as propriedades mecânicas.
Um pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) inovou o processo substituindo a areia por resíduos de construção e demolição. Obteve um produto de 20% a 30% mais barato e com resistência 39,5% superior, em média, à estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ele molda os blocos em fôrmas de plástico de baixo custo. A partir da trituração dos resíduos surge uma mistura um pouco mais grossa que areia. Ao substituir 60% da areia pela mistura, o pesquisador descobriu que, além da resistência elevada, o concreto reciclado apresentou elasticidade 14% superior à exigida pela ABNT.
Já estudantes do curso de Tecnologia de Construção do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet) desenvolveram o projeto Isopet, com o qual é possível construir uma casa utilizando blocos fabricados com areia, cimento, isopor e garrafas de plástico tipo PET. Estes produtos, após serem misturados em uma betoneira, formam blocos que alcançam resistência à compressão e ao fogo, suportando chamas de um maçarico de alta temperatura durante 35 minutos a uma distância de 15cm. Além disso, pelo fato do bloco possuir uma superfície porosa, opta-se em eliminar chapisco, emboço e reboco da parede, aplicando apenas uma argamassa colante de finalização. Estes blocos apresentam algumas vantagens como leveza, baixo custo, melhoria termo-acústica e respeito ao meio ambiente.
Ações como estas garantem preservação, bem como redução nos custos, o que gera economia às construtoras e consequentemente ao consumidor final.
 

25 de out. de 2011

As imagens da construção de Brasília



Mudar a capital era sonho antigo na história do Brasil. O Rio de Janeiro, cidade que se tornou capital da Colônia em 1763 e que recebeu a Corte portuguesa em 1808, apresentava inúmeros problemas. Além de ser vulnerável às invasões estrangeiras, tinha no clima tropical, que favorecia as epidemias, um grave obstáculo. Já na República, a cidade foi palco de inúmeras revoltas e era considerada o espaço da desordem. Tudo isso favorecia o sonho de uma capital no interior.
Entre os estudos mais antigos sobre a transferência da capital figuram as discussões de Francisco Adolfo Varnhagen, historiador e diplomata, que em 1877 publicou o trabalho "A questão da capital: marítima ou interior?". A mudança para o interior foi prevista já na primeira Constituição republicana, em 1891. Entre 1892 e 1896, uma famosa comissão dirigida por Luís Cruls, diretor do Observatório Astronômico, foi incumbida de demarcar no Planalto Central o quadrilátero a ser ocupado pela nova capital. Ainda no apagar do século XIX, políticos e engenheiros planejaram a nova capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, para ser a cidade dos seus sonhos, assim como, nos anos 1950, políticos e arquitetos fariam com Brasília. As duas cidades nasceram, cada uma a seu tempo, para ser modernas e realizar a integração dos "sertões", ou seja, interiorizar o país.
(Foto: Arquivo José Pessoa) Mantida a menção a uma futura mudança na Constituição de 1934, também se discutiu o assunto na Constituinte de 1946, e houve até um projeto de transferência da capital para o Triângulo Mineiro. Em 1946 e 1953 novas comissões de localização foram nomeadas, e a última, no governo Café Filho, passou a ter em sua presidência o marechal José Pessoa, responsável pelo Serviço de Documentação Aerofotográfica do Exército. Foi essa comissão que, contando entre outros com o arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy, escolheu o local onde deveria ser instalada a nova capital. Assim, não se pode falar propriamente em improviso quando JK decidiu construir Brasília.

Para confirmar a existência de estudos anteriores, basta citar o da engenheira Carmen Portinho, que em 1938 apresentou tese para a conclusão do curso de pós-graduação em urbanismo na Universidade do Distrito Federal com o título "Anteprojeto para a futura capital do Brasil no Planalto Central". Esse projeto foi publicado na revista da Prefeitura do Distrito Federal, importante periódico dedicado à divulgação da arquitetura e do urbanismo moderno entre nós. Carmen Portinho pode ser considerada uma precursora por ter realizado, ainda que para fins acadêmicos, o projeto de construção uma cidade inteiramente moderna para capital do país. O projeto de Lúcio Costa significou o coroamento dessa longa história. 

A construção de Brasília
O Brasil era apresentado, nos anos 1950, como um país diante de uma encruzilhada histórica. De um lado, estava o mundo rural, que representava o passado. De outro, a atividade industrial, que apontava para o futuro. O passado era visto como imobilismo e atraso, e para vencer esse peso, a industrialização era o único caminho. A criação do novo, do moderno, fundaria um processo de mudança na sociedade brasileira capaz de fazer o país deixar de ser subdesenvolvido. A suposição de que as forças do novo seriam vencedoras fazia parte da cultura que tomava corpo naqueles anos. Não por acaso os movimentos culturais mais relevantes da década estavam atrelados às idéias de moderno e de novo: arquitetura moderna, bossa nova, cinema novo. 

Na segunda metade da década, depois do trauma do suicídio de Vargas, o país assistiu à posse do governo JK e acompanhou, entre incrédulo e assustado, a construção de uma nova capital federal. Como explicar que a meta-síntese do governo JK tenha sido Brasília, se ela sequer existia originalmente no Plano de Metas? O programa cobria ao todo 30 metas, e Brasília só entrou no final, como um acréscimo, passando a ser a meta número 31. Foi ao longo do governo que ela assumiu a função de condensar o programa de JK e de simbolizar a idéia de que era possível dar um salto no tempo, realizar "50 anos em 5"... 
É comum recorrer, para explicar a construção de Brasília, a duas interpretações. Uma é a de que a mudança da capital já estava prevista desde a Constituição republicana de 1891, e a outra, a de que a mudança foi obra do "acaso", como disse o próprio JK. Em suas memórias, Juscelino relata que um eleitor, num comício de campanha na cidade de Jataí (GO), indagou se ele iria, de fato, cumprir a Constituição. Nesse episódio o candidato foi levado a se comprometer com a transferência da capital, já que se tratava de um dispositivo constitucional. Podem ser corretas as lembranças, mas as razões são "fracas". Quanta coisa está escrita na Constituição e não é cumprida? Quantas promessas de campanha são esquecidas? Continua sendo necessário explicar por que aquela promessa não foi abandonada e, ao contrário, foi assumindo uma dimensão cada vez maior, a ponto de se tornar a meta-síntese do governo JK. Para fazê-lo, é necessário antes de mais nada voltar aos anos 40, quando JK foi prefeito de Belo Horizonte, e observar como teve início ali a modernização da cidade, com a construção de um novo bairro, a Pampulha. Juscelino ficou conhecido como o "prefeito-furacão" pela quantidade e rapidez das obras que fez durante sua gestão. Foi também em Belo Horizonte que começou sua associação com Oscar Niemeyer, que iria se repetir em Brasília.
A idéia de mudar a capital e construir uma nova cidade já fazia parte do "inconsciente coletivo", devido não só à construção de Belo Horizonte no fim do século XIX (projeto de Aarão Reis), mas também à construção de Goiânia, inaugurada em 1940 (projeto de Attílio Corrêa Lima). Esse ciclo de construção de cidades-capitais se mantém, aliás, até hoje, como se pode notar pela construção de Palmas, capital do novo Estado do Tocantins, inaugurada em 1990. São cidades que podem ser consideradas parte da interiorização do Brasil, da civilização de seus sertões decorrente da conquista do oeste.
(Arquivo Público do Distrito Federal)A construção de Brasília tem sido cantada em prosa e verso. Para uns, representou a prova do voluntarismo irresponsável de nossas elites. Para outros, foi um momento significativo de um tempo de esperança. O arquiteto Lauro Cavalcanti assim observa: "Tão importante quanto a conquista do mercado estatal na era Vargas foi a adoção do modernismo, na figura de Oscar Niemeyer, por Juscelino Kubistchek que, dos anos 40 a 60, exerceu respectivamente os cargos de prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente do Brasil. Em termos arquitetônicos, tal trajetória permite o aparecimento de marcos como Pampulha e Brasília. Poucos políticos superpuseram, com tanta intensidade, os objetivos de renovação política e arquitetônica: a construção de uma nova estética simbolizaria a autonomia técnica, a sua gestão e um caminho exemplar para o desenvolvimento posterior do país."
Em 19 de setembro de 1956 foi sancionada a Lei no 2.874, que criou a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Para presidi-la foi nomeado Israel Pinheiro, engenheiro formado na Escola de Minas de Ouro Preto, político mineiro, filho do ex-presidente de Minas João Pinheiro e amigo de JK. Segundo Otto Lara Resende, Brasília foi produto de uma conjugação de quatro loucuras: a de Juscelino, a de Israel Pinheiro, a de Oscar Niemeyer e a de Lúcio Costa. Israel Pinheiro foi figura fundamental na construção da nova capital, mas não se deve esquecer o papel de Bernardo Saião e Ernesto Silva, também diretores da Novacap e destemidos tocadores de obras, como gostava JK.
O edital do concurso para a escolha do projeto urbanístico de Brasília foi marcado para março de 1957. O arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy, por exemplo, discordou dos termos do edital e não participou do concurso. Concorreram 26 projetos, dos quais 16 foram eliminados na seleção prévia. Entre os que ficaram estavam o de Lúcio Costa, o de Nei Rocha e Silva, e de Henrique Mindlin, o de Paulo Camargo, o de MMM Roberto e o da firma Construtec.
O projeto aprovado, de autoria de Lúcio Costa, dividiu a opinião dos arquitetos. Para uns, não passava de um esboço, um rabisco, e sua inscrição não deveria ter sido sequer aceita. Para outros, era simplesmente brilhante, genial. O representante do Instituto de Arquitetos do Brasil, por exemplo, abandonou o júri por divergir do resultado, já que a proposta de Lúcio Costa era apenas um rascunho. Os concorrentes derrotados não se conformaram e criaram uma polêmica que repercutiu na imprensa da época
Reproduzido da Revista Brasília, jan. 58 (Crédito da foto: FGV) Brasília foi construída em três anos - pelo menos seus principais prédios foram concluídos nesse prazo. Em 1958, o palácio da Alvorada tinha sua fachada mostrada na revista Manchete. JK sabia que, se a sede do governo não estivesse pronta na data prevista para sua inauguração, o projeto seria abandonado.
Instalado no Catetinho (referência ao palácio do Catete, sede do governo federal no Rio de Janeiro), JK comandava a realização do sonho dos urbanistas e arquitetos modernos, que, imbuídos da idéia de planejamento, definiam os espaços para moradia, trabalho e lazer. Pretendiam todos liquidar o passado e realizar um ideal de igualitarismo promovido pelo Estado.
À medida que a cidade ia sendo erguida, já se cuidava da construção de sua memória. O governo publicou 11 livros – a Coleção Brasília – que constituem a mais importante fonte documental para a história dos antecedentes da nova capital. Publicou também a Revista Brasília, que circulou entre janeiro de 1957 e abril de 1960, e acompanhou o dia-a-dia da construção.
Desde sua inauguração, em 21 de abril de 1960, Brasília vem sendo estudada e monitorada por geógrafos, urbanistas, arquitetos, sociólogos. Há estudos sobre a primeira geração de moradores, sobre as falhas da cidade que não permitiram o convívio social dos habitantes, sobre as traições ao plano original. Brasília já foi chamada de "cidade sem gente", "cidade sem esquina", "cidade de burocratas", "ilha da fantasia"...

Construção do prédio do Congresso Nacional. Brasília, 1958.

(Acervo Fundação Oscar Niemeyer) Lúcio Costa declarava à revista Manchete em 1974: "Digam o que quiserem, Brasília é um milagre. Quando lá fui pela primeira vez, aquilo tudo era deserto a perder de vista. Havia apenas uma trilha vermelha e reta descendo do alto do cruzeiro até o Alvorada, que começava a aflorar das fundações, perdido na distância. Apenas o cerrado, o céu imenso, e uma idéia saída da minha cabeça O céu continua, mas a idéia brotou do chão como por encanto e a cidade agora se espraia e adensa." 
Em 1988, dizia o urbanista a O Estado de S. Paulo: "O que ocorre em Brasília e fere nossa sensibilidade é essa coisa sem remédio, porque é o próprio Brasil. É a coexistência, lado a lado, da arquitetura e da antiarquitetura, que se alastra; da inteligência e da antiinteligência, que não pára; é o apuro parede-meia com a vulgaridade, o desenvolvimento atolado no subdesenvolvimento; são as facilidades e o relativo bem-estar de uma parte, e as dificuldades e o crônico mal estar da parte maior. Se em Brasília esse contraste avulta é porque o primeiro élan visou além – algo maior. Brasília é, portanto, uma síntese do Brasil, com seus aspectos positivos e negativos, mas é também testemunho de nossa força viva latente. Do ponto de vista do tesoureiro, do ministro da Fazenda, a construção da cidade pode ter sido mesmo insensatez, mas do ponto de vista do estadista, foi um gesto de lúcida coragem e confiança no Brasil definitivo."

A consagração de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960, veio em 1987, quando a Unesco elevou a cidade à categoria de "patrimônio da humanidade". 
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Tecnologia a serviço da construção civil


Com o mercado da construção civil aquecido, investir em tecnologia se tornou uma questão vital para as empresas do setor que convivem com a escassez de mão de obra qualificada e precisam atingir prazos e metas em tempo hábil sem deixar de lado a qualidade dos serviços prestados, bem como a preocupação com o meio ambiente e o bem-estar dos colaboradores.

Tecnologia otimiza as obras do Icon Residence, da Construtora Design
O engenheiro civil Wilson Yabiku, proprietário e diretor da Construtora Design, empresa que investe em recursos tecnológicos em seus empreendimentos, explica que a demanda por profissionais qualificados na construção civil, evidente nos últimos anos no País, já é uma realidade verificada há muito tempo em países desenvolvidos
"Assim, nesses países, o sistema construtivo e os materiais empregados evoluíram muito. Pesquisar, conhecer e trazer para a nossa realidade esses métodos e equipamentos que podem não só suprir a crescente falta de mão de obra, mas otimizar todo o processo de construção é o grande desafio das empresas", diz.
Na construção de um edifício destacam-se fases distintas como a fundação, estrutura, vedação, instalações e acabamentos. É aí que a tecnologia pode fazer toda a diferença em prol da qualidade do empreendimento, reduzindo gastos, melhorando a produtividade dos trabalhadores e assegurando uma obra diferenciada pela excelência.
O processo adequado para cada situação é definido já na fase de projetos, quando são tratados assuntos como a logística e métodos construtivos e os equipamentos que serão utilizados.
Vale ressaltar que é nessa etapa que o custo, o prazo, os investimentos e o balanço financeiro necessários para a viabilização da obra são estabelecidos.
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21 de out. de 2011

Sua obra pode estar com materiais em desacordo com as normas da ABNT





Foto: Divulgação

Seminário na Findes vai esclarecer para sociedade e setor produtivo o que estabelece a norma NBR 6136 e as ações de fiscalização para o controle da não conformidade
Vai construir ou reformar sua casa? Então você precisa ficar atento às mudanças estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na padronização dos blocos de concreto. A norma NBR 6136:2007 estabelece que os blocos de concreto simples para alvenaria devem ser vazados, ou seja, não podem conter fundo. A medida também define critérios para resistência e dimensões dos blocos de concreto e normas de classificação de acordo com seu uso.
Com a mudança, o setor de blocos de concreto prevê redução nos custos das obras. “A utilização de blocos vazados vai facilitar a passagem de tubulações e eletrodutos porque não será preciso quebrar o material. Além disso, haverá redução nos gastos com mão de obra, diminuindo o retrabalho”, analisa o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Espírito Santo (Sinprocim-ES), Dam Pessotti.
O meio ambiente também será beneficiado com a norma da ABNT. A utilização de blocos de concretos vazados reduz a geração de entulhos. De acordo com o gerente do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) do Ministério das Cidades, eng. Anderson Augusto de Oliveira, alguns procedimentos podem ser adotados pelo consumidor, no momento da compra, para se certificar de que os blocos adquiridos estão em conformidade com a norma.
“O produto deve ter um acabamento superficial uniforme e sem muita porosidade. É preciso ter dois furos, exceto os blocos de amarração, que podem ter três furos, não possuir fundo e atentar para a questão dimensional. Os modelos M15, geralmente utilizados nas habitações comuns, possuem 14 cm de largura, 19 cm de altura e 39 cm de cumprimento”, destaca OIiveira. Qualidade
O Ministério das Cidades possui um Programa Setorial da Qualidade, que tem o Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos de Cimento (Sinaprocim) como mantenedora e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) como gestora técnica. O objetivo é monitorar o mercado para saber se as indústrias estão cumprindo as determinações da norma.
Após a adesão ao programa, que é voluntária, a indústria passa por auditorias periódicas a cada três meses, onde haverá coleta do material que será analisado por um laboratório acreditado pelo Inmetro. A relação das empresas qualificadas pode ser acessada através do site http://www.cidades.gov.br/pbqp-h/

20 de out. de 2011

Trabalhadores construindo uma calçada ao redor de uma vertiginosa montanha em Shifou na China


 
Milhares de metrosacima de uma vertiginosa cadeia demontanhas em 
Shifou na província de Hunan na China, um grupo de trabalhadores, trabalhando duramente sem qualquer medida de segurança estão construindo uma calçada


 

Os trabalhadores estão construindo uma estrada de pranchões na lateral de uma montanha e uma vez concluída terá 
3km (9843 ft) e será a mais comprida calçada da China


 
Yu Ji de 48 anos (acima) é um dos trabalhadores e ele tem trabalhado na construção de edificações em altura, como esta estrada de madeira, há mais de 10 anos. Ele comenta que: "Os jovens não querem este tipo de trabalho que exige uma profunda permanência nas montanhas por meses e até por anos"


 

 
Yu Ji encarrega-se dos trabalhos mais perigosos do projeto, tais como a furação dos buracos para encaixar os tubos que vão suportar a calçada


 
Construir uma calçada na montanha de 
Shifou é difícil porque o talude se eleva na vertical próximo de 90 graus sem meios seguros de retenção











 

Uma parte concluída da calçada

 


  
 
  
  

19 de out. de 2011

Paraná deve ampliar mão de obra de detentos na área habitacional

A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), o Instituto das Águas e a Secretaria da Justiça estudam uma parceria para fabricação de tijolos e blocos de concreto para uso na construção de casas populares.
Na semana passada o presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, visitou a fábrica de tubos e manilhas do Instituto das Águas no município de Cruzeiro do Oeste e discutiu a possibilidade de parceria com o presidente do instituto das Águas, Márcio Nunes.


A fábrica utiliza mão de obra de presos do regime semiaberto e, de acordo com Nunes, o retorno tem sido muito bom. "É uma experiência bastante interessante, pois promovemos a ressocialização destes presos, que merecem uma segunda chance. Aqui todos elogiam o trabalho deles, são muito dedicados", destacou.

De acordo com Nunes, a fábrica está preparada para produzir tijolos e blocos de concreto para obras da Cohapar. "Todo o governo está empenhado em ajudar a atingir a meta de atender 100 mil famílias nos próximos quatro anos", afirmou.

Além da unidade de Cruzeiro do Oeste, o Instituto das Águas mantém outras fábricas em Arapongas e Paranavaí. Os detentos diminuem um dia da pena a cada três dias trabalhados.

A.V.S., preso do regime semiaberto, coordena o trabalho dos demais. "Foi a melhor coisa que aconteceu com a gente. É uma oportunidade e vamos nos aperfeiçoar para ter uma qualificação para quando cumprirmos a pena. Agradeço todos os dias por esta chance", disse.

REINSERÇÃO - A intenção do governo do Estado é acelerar a reinserção dos presos no mercado de trabalho e na sociedade. A ideia é colocar os detentos em contato com a sociedade civil como trabalhadores comuns.
Atualmente, cerca de 30% dos 15 mil presos sob custódia do sistema penitenciário do Paraná nos regimes fechado e semiaberto (o equivalente a 4,5 mil) exercem algum tipo de atividade laborativa - como serviços gerais, metalurgia, construção civil, etc..

Em Jesuítas, que fica a 100 quilômetros de Cascavel, 15 presos do regime semiaberto que cumprem pena na Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC), estão trabalhando desde o final de agosto na construção de 110 casas populares, de acordo com termo de cooperação assinado entre a Seju, o Departamento Penitenciário do Estado (Depen) e a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar).

Com base na Lei de Execução Penal, o preso passa a receber 75% do salário mínimo, ou seja, R$ 408,75. A cada três dias trabalhados, terá um dia de redução do total da pena.
Dentre os selecionados, um escolhido pela direção da PIC por sua liderança, maior escolaridade e experiência de trabalho em equipe monitora o grupo. Para isso, recebe um valor adicional de R$ 120 mensais, o equivalente a quatro vezes o pecúlio penitenciário a ser pago pelo Fundo Penitenciário.

Árvores de rápido crescimento podem ajudar na produção de cerâmica e evitar desmatamento


Um produto elaborado a partir do cimento e madeira originários de plantios florestais de rápido crescimento pode ajudar a reduzir a pressão sobre a Amazônia. Este produto, desenvolvido pela Embrapa Amazônia Ocidental e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), pode substituir parte da madeira usada na construção civil e na fabricação de móveis. Feitas a partir de partículas de madeira misturadas com cimento, as peças tomam a aparência de placas de cerâmica.
As pesquisas que resultaram nesse produto vêm sendo feita ao longo dos últimos dez anos.
Os estudos por parte da Embrapa são com silvicultura, para desenvolver tecnologias de cultivo de espécies de madeira com crescimento rápido e que tenham características que atendam as condições para a preparação do biocompósito.
Na Embrapa Amazônia Ocidental o responsável por esse trabalho é o pesquisador Roberval Lima. Já os estudos por parte do Inpa são com testes de laboratório para avaliar a compatibilidade do cimento com o substrato de madeira e transformar a matéria-prima nas peças.  
No Inpa esse trabalho é conduzido pelo pesquisador Fernando Almeida e conta cm colaboração do técnico José Maria Gonçalves, ambos são da Coordenação de Pesquisas de Produtos Florestais (CPPF/Inpa).
Plantio
De acordo com o pesquisador Roberval Lima, uma das vantagens da tecnologia é incentivar o plantio de árvores específicas para essa finalidade, evitando o uso de madeira retirada das florestas nativas.

A madeira utilizada para produzir o biocompósito viria de plantios direcionados a esse produto. Esses plantios podem ser feitos para recuperar áreas que já foram alteradas e com isso se estaria dando a esses espaços uma finalidade que gere emprego e renda.
Essa árvores seriam espécies de crescimento rápido com características específicas para servir como matéria-prima para o biocompósito.
De acordo com os pesquisadores Fernando Almeida e Roberval Lima, a tecnologia do biocompósito ajudaria também a evitar desmatamentos nas florestas nativas, uma vez que o produto tem condições de atender parte da demanda de peças de madeira para construção civil e movelaria.
Ambos pesquisadores, Roberval e Fernando, esclarecem que o biocompósito pode ser produzido também a partir de resíduos de madeira, porém a opção com o plantio de árvores de rápido crescimento permitirá a oferta regular de matéria-prima para produção do biocompósito em escala industrial e sua utilização na construção civil.
O pesquisador do Inpa Fernando Almeida explica que nem todas as espécies florestais são compatíveis para o biocompósito, por causa da densidade da madeira e compatibilidade com os aditivos. Em vários testes foram selecionadas as que apresentaram melhor desempenho para o produto.
Foram selecionadas uma espécie exótica, o eucalipto, e uma espécie nativa da Amazônia, o tachi branco.
Ambas são árvores de crescimento rápido e com isso o retorno do investimento vem em curto prazo. A partir de dois anos após o plantio se faz o desbaste e se retira matéria-prima para a manufatura das chapas de biocompósito, segundo os pesquisadores.
Mercado
O pesquisador do Inpa Fernando Almeida destaca ainda a resistência e durabilidade do biocompósito cimento-madeira. “O produto com as espécies selecionadas passou por testes mostrando-se resistente à umidade, fungos e a prova d’água e, portanto, pode ser usado tanto em ambiente interno ou externo”, informou.
Os pesquisadores informaram que a tecnologia de biocompósito já passou por vários testes em protótipos de móveis e de construção civil e está pronta para o mercado.
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Intervenção do governo na construção civil


Durante décadas, o setor de construção civil viveu uma situação de esquizofrenia. Havia uma enorme demanda do mercado - falava-se em um déficit habitacional de algo entre 8 e 10 milhões de unidades.
Por outro lado, o país abrigava dezenas de construtoras com tecnologia e capacidade de produção suficientes para suprir essa necessidade.
Enfim, estavam ali a oferta e a demanda - os dois elementos que, pelo menos segundo os manuais clássicos de economia, fazem os mercados se movimentarem.
Pois, contrariando as teorias econômicas, o setor imobiliário não deslanchava. Faltava o dinheiro para azeitar a máquina e colocá-la para funcionar. A principal fonte foi o governo, com programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, e o uso dos bancos públicos, sobretudo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, para financiar imóveis para as classes médias emergentes.
Com isso, o volume de crédito imobiliário subiu de 1,5% do PIB em 2003 para os atuais 5%. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, acredita que esse percentual chegue em poucos anos a 15%. 
Tão logo o governo resolveu meter sua mão nesse mercado, não faltaram as vozes de sempre para alertar sobre os "riscos da intervenção estatal" ou sobre as "ameaças às contas públicas". Viciados em esquemas pré-moldados, esses críticos não enxergaram que a interferência do governo nessa área seguia uma profunda lógica de mercado.
Explica-se: em qualquer setor, há empresas líderes. Essa liderança não se traduz somente em participação de mercado - ela pode vir da tecnologia, da força financeira, da inovação, entre outros fatores. Graças a isso, essas companhias "puxam" o mercado, definindo o comportamento do consumidor, lançando novos produtos e até definindo a realidade de preços para todo o setor (algo que os americanos chamam de "price leadership").
Assim, ou os concorrentes correm atrás e acompanham essas líderes ou enfrentam o risco de amargar uma posição secundária.
O governo utilizou exatamente essa arma. Como tem controle sobre os dois dos principais bancos do país, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, passou a ditar as regras para o crédito imobiliário do país. Como os primeiros (e positivos) resultados, não restou alternativa aos bancos privados a não ser acompanhar os passos do BB e da CEF.
Pergunte hoje ao Santander, ao Itaú Unibanco ou ao Bradesco se eles se arrependem dessa decisão. O mesmo aconteceu com as grandes construtoras. Não foi necessário criar a Construbras, uma estatal de construção de moradias. As empresas privadas se encarregaram de tal missão.
Hoje, o segmento popular já responde por 50% das receitas da Rossi, uma das maiores do país. A Cyrela pretende chegar a esse mesmo índice em dois ou três anos.
Ou seja, a intervenção estatal em uma área vai ser mais ou menos bem sucedida justamente à medida em que respeitar (e reforçar) a lógica de mercado.

Aula ALVENARIA ESTRUTURAL


PROFESSORES Henrique Dinis
Eduardo Deguiara
Eduardo Pereira João Luis Biscaia
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Denomina-se de alvenaria estrutural, qualquer parede que suporta carregamentos além do próprio peso. Podem ser de blocos de concreto e argila queimada, ou mesmo de tijolos de alvenaria de barro.
Quando uma paredesuporta unicamente o próprio pese, se denomina de alvenaria de vedaçªo.
denomina de alvenaria de vedaçªo.
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fbk ≥ 6 MPa(parede externa sem revestimento)
ResistŒncia dos blocos fbk ≥ 4,5 MPa (parede externa com revestimento ou interna)
Espessuras
A = 9 cm: somente vedaçªo
A = 14 cm: vedaçªo ou estrutural –atØ 8 andares A = 19 cm: vedaçªo ou estrutural –atØ 20 andares
Meio Bloco
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Deghiara 3
ASSENTAMENTO DA 1“. FIADA
A MODULAÇO DA ALVENARIA É DEFINIDA A PARTIR DA 1“ FIADA DE ASSENTAMENTO DOS BLOCOS
No projeto deve-se prever uma modulaçªo que nªo se utiliza de blocos cortados e nªo se deixe arremates de correçªo a serem ajustados no rejuntamento
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Em edificaçıes com as paredes bem solicitadas, ou com pØ-direito alto, se utiliza o padrªo de juntas amarradas, ou defasadas,com o objetivo de melhorar a capacidade de resistŒncia à flanbagem.
Os padrıes de juntas a prumo sªo utilizados Somente em alvenarias de vedaçªo, ou em paredes estruturais pouco solicitadas, como edificaçıes de somente um pavimento.
O padrªo de junta a prumo em PØ Ø utilizado unicamente em paredes de vedaçªo.
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Deghiara 5
A –Com juntas defasadas: pelo entrelaçamento das fiadas
Só Ø possível executivamente para blocos com espessura de 19 cm, em decorrŒncia da necessidade de coincidŒncia entre largura e espessura dos blocos.
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Deghiara 6
B –Com juntas alinhadas -para blocos de espessura de 9 cm e 14cm
Utilizando grampos de aço como elemento de amarraçªo –nestes casos os furos em que sªo colocados os grampos de amarraçªo sªo preenchidos com Groute*.
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Deghiara 7
* Groute: argamassa fluida auto-adensÆvel
JUNTAS ALINHADAS OU A PRUMO para amarraçªo entre alvenarias estruturais com blocos de 14 cm EXEMPLO
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Deghiara 8
1 -PARA CINTAMENTO DAS PAREDES
Para qualquer parede, utilizam-se amarraçıes de cintas e pilaretes, com o objetivo de evitar trincas provenientes de recalques diferenciais
2 -PARA AUMENTO DA CAPACIDADE PORTANTE DAS PAREDES
Para aumentar a capacidade de carga das paredes, utilizam-se pilaretes distribuídos de forma intermitente
Aplicaçªo do graute
Introduçªo de armadura vertical
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Deghiara 9
Todas as alvenarias estruturais contØm armaçªo, mesmo que sua funçªo seja unicamente de amarraçªo. A armaçªo nos alvØolos tŒm duas finalidades: A –Para cintara parede no contorno vertical. Neste caso prevŒ-se uma barra no alvØolo extremo, junto aos cantos. B –Para aumentar a resistŒncia da parede. Neste caso sªo colocadas tantas barras quanto necessÆrias em alvØolos devidamente espaçados.
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Deghiara 10
As paredes são armadas atravØs de cintas e pilaretes: As cintas sªo executadas utilizando-se de blocos canaletes, com uma barra de aço passante e preenchendo-se a canaleta formada com groute.
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Deghiara 1
As cintas sªo dispostas em duas posiçıes:
-Abaixo da laje, com a finalidade de distribuir os carregamentos na alvenaria e ao mesmo tempo, impedir que o concreto da laje preencha os alvéolos dos blocos. -A meia altura da parede, como cintamentoefetivamente, quando o pØ-direito for maior que 3,0m.
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Deghiara 12
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Deghiara 13
O caminhamento das cargas é interrompido pelas aberturas, utilizando-se cintas sobre as aberturas (Vergas), ou abaixo das aberturas (contra-vergas),
O objetivo Ø evitar trincas na alvenaria. Nos cantos sªo previstos pilaretes, como reforço, pela concentraçªo de cargas
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Deghiara 14
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Deghiara 15
TIPO DE ARGAMASSA: Industrializada ou Dosada na Obra
TRABALHABILIDADE:deve ser espalhada e aderir aos blocos. BOA CONSISTNCIA:bloco deve ser alinhado sem esmagar a junta.
fak < fbk
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Deghiara 16
Deve ser seguido rigorosamente para garantir a homogeneidade do assentamento, espessura do rejunte e modulaçªo.
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Deghiara 17
Tem a finalidade de dar acabamento nas juntas, podendo proporcionar arremate liso, canelado ou chanfrado.
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Deghiara 18
Eventual rejuntamento com bisnaga para paredes com blocos aparentes, visando uma maior impermeabilidade no rejunte, ou da parede como um todo.
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Deghiara 19
Utiliza-se de coxins, com o objetivo de distribuir cargas concentradas aplicadas sobre as alvenarias, sempre que não se prever pilaretes sob o apoio da viga.
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Deghiara 20
As fundaçıes devem ser sempre contínuas ao longo das paredes. Sªo de dois tipos:
•Superficiais diretas: se enquadram as sapatas corridas
São utilizadas sempre que os solos forem bons (boa compacidade) e as cargas mØdias (geralmente atØ 4 pavimentos no mÆximo)
As sapatas corridas tŒm geralmente um largura de 50 a 80 cm e 12 cm de espessura. Sªo executadas em concreto armado.
Eventualmente quando o solo for muito bom e se tratar de um œnico pavimento, Eventualmente quando o solo for muito bom e se tratar de um œnico pavimento, pode-se utilizar como fundaçªo unicamente um lastro de concreto, apoiando-se as paredes diretamente sobre o lastro, atravØs de uma cinta em blocos canaletes, sob as paredes.
Por outro lado, se o solo for ruim e as cargas pequenas, pode-se utilizar um radier, que tem boa capacidade de distribuir as cargas no sub-solo.
•Profundas: se enquadram as vigas baldrames sobre estacas espaçadas:
Sempre que o solo for ruim e as cargas grandes (geralmente acima de 4 pavimentos), utiliza-se estacas cravadas distribuídas ao longo das paredes. Sobre as estacas, para apoiar as paredes, correm vigas baldrames.
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Deghiara 21
Sistemas I -Henrique Dinis / Eduardo
Deghiara 2
NO CASO RADIER (Laje apoiada diretamente sobre o solo) ( CARREGAMENTOS PEQUENOS E SOLOS RUINS)
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Sistemas I -Henrique Dinis / Eduardo
Deghiara 24
Os conduitespodem passar embutidos nas paredes (alvéolos dos blocos) ou nas lajes (no concreto).
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Deghiara 25
Para a instalaçªo das caixas elØtricas, pode-se prever blocos especiais
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Deghiara 26
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Deghiara 27
Deve-se evitar a passagem de tubulaçıes hidrÆulicas nos alvØolos dos blocos, em decorrŒncia de um possível vazamento. Para este fim, pode-se utilizar:
A–blocos especiais com ranhuras B -blocos de duas espessuras formando trilhas
C -parede falsa para encobrir as tubulaçıes: uma estrutural, com espessura de 14 ou 19 cm e outra de vedaçªo, com 9 cm
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Deghiara 28
INSTALAÕES HIDRULICAS Nichos verticais para passagem de tubulaçıes ( shafts)
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Deghiara 29
O apoio das escadas nas paredes de alvenaria deve ocorrer unicamente através dos planos horizontais, ou seja, dos patamares
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Deghiara 30
O apoio dos perfis metálicos deve coincidir com cintas de amarraçªo da alvenaria.
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Deghiara 31
ABERTURA COM BATENTES DE PORTAS COM BANDEIRA (para ajustar o tamanho dos batentes às aberturas)
ABERTURA PARA JANELAS (as esquadrias devem obrigatoriamente se ajustar às modulaçıes da alvenaria
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Deghiara 32
Pode-se prever platibandas em alvenaria estrutural no contorno do edifício, para encobrir e dar acabamento ao telhado.
Caso se utilize lajes de concreto na cobertura, o telhado pode se apoiar diretamente sobre ela, dispensando as tradicionais tesouras.
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Deghiara 3
-Apresenta boa velocidade de execuçªo, tendo em vista fatores como a modulaçªo da alvenaria e a padronizaçªo de componentes.
-Nªo necessita de Mªo de Obra especializada.
-Minimiza desperdícios na obra.
-Pode ser executada em sistema de mutirªo.
-Nªo necessita de equipamentos sofisticados ou pesados na obra.
-Restriçªo das possibilidades de projeto –pouco versÆtil. -Nªo permite modificaçıes após a obra concluída.
-O projeto Ø complexo, pela necessidade de plena representaçªo de suas partes.
-O entendimento do projeto Ø complexo, tornando-se anti-econômica para poucas repetiçıes.
-Nªo se aplica a grandes Æreas livres, grandes vªos ou pØ-direitos altos.
-Perde suas vantagens de racionalizaçªo, se houver mistura de dois sistemas, como por exemplo, utilizando vigas e pilares de concreto.
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Deghiara 34
•ABCP –Associaçªo Brasileira de Cimento Portland –www.abcp.org.br •ABNT –NBR 10837-89 –CÆlculo de Alvenaria strutural de Blocos de Concreto.
•REAGO. Blocos Estruturais de concreto, w.reago.com.br
•RAMALHO, MÆrcio Antônio; CORREA, M.R.S. Projeto de edifícios em Alvenaria Estrutural, PINI, Sªo Paulo, 1“ Ed.
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