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12 de ago. de 2011

Porque construir com alvenaria estrutural?




alvenaria estrutural com blocos de cimento apresenta vantagens muito superiores aos outros tipos de alvenarias, tais como confiabilidade, qualidade garantida por normas, ensaios e pelo Selo da Qualidade, custos competitivos e benefícios à sociedade.
O emprego de alvenaria  estrutural como suporte de edifícios não se constitui em uma inovação tecnológica recente. Na realidade, até o início deste século a alvenaria era o mais utilizado, seguro, durável, e o único aceito na estruturação de edificações de grande porte. Em São Paulo, o exemplo mais destacado desta utilização é o Teatro Municipal, inaugurado em 1911 e totalmente estruturado em paredes de alvenaria resistente.
O extraordinário crescimento do mercado imobiliário nos últimos anos tem levado ao aumento na demanda por sistemas construtivos que aliem economia e qualidade técnica, sempre de olho na equação final clientes satisfeitos e aumento das margens de lucro apertadas. Afinal, empreendimentos como os desenvolvidos para o programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal se propõe a construir 1 milhão de moradias num prazo relativamente curto, o que exigem controle preciso de todos os componentes da construção.
Esse sistema construtivo, que utiliza a alvenaria estrutural com blocos de cimento oferece solução eficaz, testada em empreendimentos públicos e privados há mais de três décadas e que, ao longo desse tempo, evoluiu extraordinariamente. Hoje, grandes construtoras recorrem ao sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto para imprimir métodos produtivos industrializados, diminuir cronograma, garantir custos e qualidade.
O desenvolvimento técnico do sistema inclui completa normalização dos materiais (blocos), produzidos com garantia de resistência e uniformidade, por exemplo, e dos serviços envolvidos (projeto, construção da estrutura, execução de instalações e acabamento). A somatória desses elementos montou o alicerce para o enorme salto técnico-econômico no sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto.
Estudos realizados por especialistas em construção, comprovam que a alvenaria estrutural com blocos de concreto permite reduzir o custo das obras em até 30% (em torres de até quatro pavimentos) e 15% (em torres com 20 pavimentos), com ganhos ambientais, por praticamente não gerar rejeitos de canteiro e quase não utilizar fôrmas e escoras de madeira.
A construção civil brasileira tem hoje fornecedores de blocos de cimento qualificados, analisados por instrumentos como o Selo de Qualidade, fornecido sob critérios rigorosos de inspeção pela Associação Brasileira de Cimento Portland. Assim, a alvenaria estrutural com blocos de concreto é a melhor alternativa – para construtores e incorporadores, para seus clientes, que compram qualidade a custos menores, e para a sociedade, pelo seu potencial de emprego e geração de renda.

Tecnologias construtivas, mão de obra e sustentabilidade para baixa renda em debate em SP

A alvenaria estrutural com blocos de concreto apresenta vantagens muito superiores aos outros tipos de alvenarias, tais como confiabilidade, qualidade garantida por normas, ensaios e pelo Selo da Qualidade, custos competitivos e benefícios à sociedade.

O emprego de alvenaria estrutural como suporte de edifícios não se constitui em uma inovação tecnológica recente. Na realidade, até o início deste século a alvenaria era o mais utilizado, seguro, durável, e o único aceito na estruturação de edificações de grande porte. Em São Paulo, o exemplo mais destacado desta utilização é o Teatro Municipal, inaugurado em 1911 e totalmente estruturado em paredes de alvenaria resistente.

O extraordinário crescimento do mercado imobiliário nos últimos anos tem levado ao aumento na demanda por sistemas construtivos que aliem economia e qualidade técnica, sempre de olho na equação final clientes satisfeitos e aumento das margens de lucro apertadas. Afinal, empreendimentos como os desenvolvidos para o programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal se propõe a construir 1 milhão de moradias num prazo relativamente curto, o que exigem controle preciso de todos os componentes da construção.



Esse sistema construtivo, que utiliza a alvenaria estrutural com blocos de concreto oferece solução eficaz, testada em empreendimentos públicos e privados há mais de três décadas e que, ao longo desse tempo, evoluiu extraordinariamente. Hoje, grandes construtoras recorrem ao sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto para imprimir métodos produtivos industrializados, diminuir cronograma, garantir custos e qualidade.

O desenvolvimento técnico do sistema inclui completa normalização dos materiais (blocos), produzidos com garantia de resistência e uniformidade, por exemplo, e dos serviços envolvidos (projeto, construção da estrutura, execução de instalações e acabamento). A somatória desses elementos montou o alicerce para o enorme salto técnico-econômico no sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto.

Estudos realizados por especialistas em construção, comprovam que a alvenaria estrutural com blocos de concreto permite reduzir o custo das obras em até 30% (em torres de até quatro pavimentos) e 15% (em torres com 20 pavimentos), com ganhos ambientais, por praticamente não gerar rejeitos de canteiro e quase não utilizar fôrmas e escoras de madeira.

A construção civil brasileira tem hoje fornecedores de blocos de concreto qualificados, analisados por instrumentos como o Selo de Qualidade, fornecido sob critérios rigorosos de inspeção pela Associação Brasileira de Cimento Portland. Assim, a alvenaria estrutural com blocos de concreto é a melhor alternativa – para construtores e incorporadores, para seus clientes, que compram qualidade a custos menores, e para a sociedade, pelo seu potencial de emprego e geração de renda.

Avaliação do bloco de concreto feita pelo Inmetro


  

.: Blocos de Concreto para Alvenaria sem Função Estrutural :.

Objetivo

A apresentação dos resultados obtidos nos ensaios realizados em amostras de 15 (quinze) diferentes marcas de Bloco de Concreto para Alvenaria consiste em uma das etapas do Programa de Análise de Produtos, um dos processos do projeto Educação para o Consumo, coordenado pela Divisão de Educação para Qualidade do Inmetro. Esse Programa tem por objetivos:

a) manter o consumidor brasileiro informado sobre a adequação dos produtos aos Regulamentos e às Normas Técnicas, contribuindo para que ele faça escolhas bem fundamentadas, tornando-o consciente de seus direitos e responsabilidades;

b) fornecer subsídios, através da informação, sobre a tendência da conformidade dos produtos disponíveis no mercado, para a indústria nacional melhorar continuamente a qualidade de seus produtos e serviços;

c) diferenciar os produtos e serviços disponíveis no mercado nacional em relação à sua qualidade, tornando a concorrência mais equalizada;

d) tornar o consumidor parte efetiva do processo de melhoria da qualidade do setor produtivo nacional.
Deve ser destacado que estes ensaios não se destinam a aprovar marcas ou modelos de produtos. O fato das amostras analisadas estarem ou não em conformidade com as especificações contidas em um Regulamento ou Norma Técnica indica uma tendência do setor em termos de qualidade.

A partir dos resultados obtidos, são definidas as medidas de melhoria necessárias para que o consumidor tenha, à sua disposição no mercado, produtos e serviços seguros e adequados às suas necessidades.

Justifiticativa

A análise da conformidade das amostras de Blocos de Concreto para Alvenaria sem Função Estrutural vai ao encontro do Procedimento do Programa de Análise de Produtos no que diz respeito à seleção do produto a ser analisado, priorizando aqueles de consumo intensivo e extensivo pela sociedade e que estejam relacionados à questões que envolvam a segurança do consumidor.
Atualmente, podemos definir o termo alvenaria como sendo o conjunto coeso e rígido de tijolos ou blocos, denominados unidades de alvenaria, conformado em obra e unidos entre si por meio da interposição de argamassa, projetado para resistir a esforços de compressão.

As funções básicas da alvenaria são: divisão dos cômodos de uma residência, por exemplo, vedação, proteção, resistência mecânica e isolamento térmico e acústico.


Quanto à utilização dos blocos de concreto vazados, destacam-se as seguintes vantagens:
    • levantamento de paredes com maior velocidade, devido ao tamanho maior das peças quando comparadas aos tijolos convencionais, o que também permite que as paredes sejam erguidas com alinhamento mais definido;
    • as paredes permitem a passagem de tubulações destinadas às instalações elétricas, telefônicas e sanitárias, eliminado o trabalho posterior de cortar as paredes para o embutimento das canalizações.

    Segundo dados fornecidos pelo SINAPROCIM - Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos de Cimento, o setor produtivo de artefatos de cimento é composto por cerca de 2.500 (duas mil e quinhentas) empresas legalmente registradas, que respondem por uma produção mensal de 50 (cinqüenta) milhões de peças. O comércio informal também se faz presente através de um número representativo de empresas que trabalham à margem da norma.

    Esse número, segundo estimativa do sindicato, encontra-se em torno de 1.000 (mil) fornecedores que, por não pagarem impostos, comercializam produtos financeiramente mais atrativos.
    Segundo o SINAPROCIM, o principal problema que o setor enfrenta é a incidência da não conformidade praticada intencionalmente, não só por fabricantes, mas também pelas empreiteiras que fabricam seus próprios blocos dentro dos canteiros de obras, não respeitando critérios básicos que garantam a mínima eficiência do produto como, por exemplo, o tempo de "cura", ou secagem, do cimento usado na fabricação do produto.

    Os principais pólos produtores brasileiros de artefatos de cimento são: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco. Para se ter uma idéia da representatividade desses estados, apenas a produção do estado de São Paulo corresponde a cerca de 60% (sessenta por cento) da produção nacional, empregando cerca de 70 mil trabalhadores no segmento e com faturamento que, em 1998, ultrapassou 1 bilhão de reais.

    De acordo com o gráfico abaixo, podemos visualizar a estratificação da produção nacional de blocos de concreto em termos das características técnicas do produto e, consequentemente, ao fim a que se destina na construção.
      • Blocos de Vedação: destinam-se ao fechamento de vãos de prédios;
      • Blocos Aparentes ou Arquitetônicos: função decorativa;
      • Blocos Estruturais: permitem que as instalações elétricas e hidráulicas fiquem embutidas já na fase de levantamento da obra.
      Os Blocos de Vedação e os Blocos Estruturais feitos de concreto são, aparentemente, fisicamente idênticos. Entretanto, os Blocos Estruturais possuem paredes mais espessas, o que lhe confere maior resistência aos esforços de compressão e, portanto, podem ser usados para dar sustentação às construções.

      Outro dado interessante é que o setor de blocos de concreto foi um dos 15 (quinze) da área da construção civil que aderiu, por iniciativa própria, ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP, quando do relançamento do Programa e das Metas Mobilizadoras Nacionais - MMN, em 1998, comprometendo-se, através da apresentação de um programa setorial da qualidade, buscar atingir a meta definida para a área da habitação: "elevar até 90%, até o ano 2002, o percentual médio de conformidade com as normas técnicas dos produtos que compõem a cesta básica de materiais de construção".

      De acordo com a Secretaria de Política Urbana, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República, responsável pela coordenação da Meta da Habitação, a adesão voluntária de fabricantes de materiais de construção, de empresas de projetos e da indústria da construção civil permite a evolução contínua da qualidade de seus produtos e serviços que, aliada à redução dos custos de fabricação, possibilita o aumento progressivo da construção de habitações para as populações de baixa renda.

      Neste relatório serão apresentadas as descrições dos ensaios realizados, as não conformidades detectadas, a relevância das irregularidades encontradas na questão da segurança do consumidor e as principais conclusões a respeito dos resultados encontrados.

      Normas e Documentos de Referência:

      Os ensaios foram realizados com base na norma NBR 7.713, de fevereiro de 1982: Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria sem Função Estrutural - Especificação.

      Laboratório Responsável pelos Ensaios:

      Os ensaios foram realizados pelo Laboratório de Tecnologia de Materiais e Produtos para Construção Civil da empresa CONCREMAT Engenharia e Tecnologia S/A, integrante da Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios - RBLE e referência em atividades de controle da qualidade em construção civil.

      Marcas Analisadas:

      Com relação às informações contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
      • As informações geradas pelo Programa de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado. Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro, objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia uma atualização regular das informações geradas.
      • Após a divulgação dos resultados, promovemos reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade de repetição da análise, após um período de, aproximadamente, de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável, tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não identificar as marcas que foram reprovadas.
      • Uma última razão diz respeito ao fato de a INTERNET ser acessada por todas as partes do mundo e informações desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.

      Amostragem, Critérios de Aceitação e Rejeição, Ensaios Realizados e Resultados Obtidos:

        Foram compradas 30 (trinta) unidades de cada marca de bloco de concreto sem função estrutural para que fossem submetidas aos ensaios previstos pela norma técnica. Desse montante, 12 (doze) unidades destinaram-se aos ensaios de desempenho, enquanto outras 12 (doze) unidades permaneceram em posse do laboratório, caso houvesse a necessidade de repetição de um determinado ensaio por solicitação do fabricante do produto.

        Essa repetição, prevista pelo Procedimento do Programa de Análise de Produtos, é concedida ao fabricante que fornece ao Inmetro documentos, com argumentos tecnicamente convincentes, que comprovem que a empresa possua um sistema da qualidade minimamente implantado e que a mesma realiza ensaios regulares em seus produtos.

        As 06 (seis) peças restantes foram adquiridas como sobressalentes, ou seja, para serem utilizadas caso algumas peças fossem danificadas durante o transporte da fábrica para o laboratório.
        Das 12 (doze) peças utilizadas para a realização dos ensaios, 06 (seis) destinaram-se à realização dos ensaios de Inspeção Visual, Verificação Dimensional e Determinação da Resistência à Compressão. As outras 06 (seis) foram utilizadas durante os ensaios de Determinação da Absorção de Água e Determinação do Teor de Umidade.

        Os critérios, definidos pela norma técnica, utilizados para classificar as amostras como Conforme ou Não Conforme, são os seguintes:
            • para o ensaio de Verificação Dimensional:

            Se, pelo menos, 20% das amostras analisadas apresentarem qualquer dimensão fora da tolerância normativa, ou seja, como foram utilizadas 6 (seis) peças, basta que uma peça seja considerada não conforme.

            • para os ensaios de Resistência à Compressão, Absorção de Água e Umidade:

              De acordo com o fluxograma a seguir.

              6.1. Características Físicas e Mecânicas:
              6.1.1. Verificação das Superfícies:
              Esse ensaio verifica, através de inspeção visual, se as amostras de blocos de concreto analisadas atendem às seguintes características físicas estabelecidas pela norma:
                • deve ser homogêneo e compacto;
                • devem ter arestas vivas;
                • não devem apresentar trincas, fraturas, imperfeições ou outros defeitos;
                • devem ter superfície suficientemente áspera para garantir uma boa aderência, não sendo permitida qualquer pintura que oculte defeitos eventualmente existentes no bloco.
                O não atendimento aos requisitos normativos indica que os blocos possam ter o seu assentamento prejudicado, ou afetar a resistência ou a durabilidade da construção.
                Das 15 (quinze) marcas analisadas, 05 (cinco) foram consideradas não conformes, pois apresentavam imperfeições, principalmente, no que se refere ao paralelismo entre as faces. São elas: F, G, M, N e P.
                6.1.2. Determinação da Absorção de Água
                (Parâmetros: Absorção de Água: para Valores Médios £ 10%; para Valores Individuais £ 15%)
                Esse ensaio verifica o percentual de água absorvido pela amostra, ou seja, se o bloco de concreto é impermeável ou não à penetração de água.

                Essa característica está diretamente relacionada à segurança das construções que, devido ao acréscimo imprevisto de peso dos blocos sobre as estruturas, podem vir a desabar, colocando em risco a vida dos usuários dessas habitações.

                Além disso, paredes de blocos de concreto que não possuem impermeabilidade revelam problemas na aderência da argamassa, pois a água existente na composição do produto é absorvida, resultando em uma massa seca sem poder de fixação.

                Nesse ensaio, as amostras da marca D foram consideradas não conformes pois apresentaram percentual médio de absorção de água superior a 10% (dez por cento), indicando que a parede construída com esses tijolos pode sofrer aumento de carga quando exposta à chuva, podendo acarretar problemas estruturais à construção.

                As amostras das demais marcas foram consideradas conformes.

                6.1.3. Determinação do Teor de Umidade
                (Parâmetro: Teor de Umidade £ 4,0%)
                Esse ensaio simula o comportamento dos blocos de concreto quando expostos às condições ambientais, com o objetivo de verificar se as amostras são higroscópicas, ou seja, se absorvem umidade.

                O ensaio de Determinação do Teor de Umidade é realizado respeitando-se o "tempo de cura" mínimo do cimento utilizado para a fabricação do bloco, ou seja, 28 dias, antes do qual, a conformação do concreto não está completa e, portanto, suas características de desempenho não são garantidas.

                Nesse ensaio, 03 (três), das 15 (quinze) marcas analisadas, B, I e O, foram consideradas não conformes, pois apresentaram teor de umidade acima do permitido pela norma, indicando que o produto pode ter suas características mecânicas comprometidas, principalmente, quando exposto a ambientes úmidos, como galpões de armazenamento de lojas de materiais de construção e pátios de fábricas.

                As demais marcas analisadas foram consideradas conformes.
                6.1.4. Determinação da Resistência à Compressão Mínima
                (Parâmetros: Resistência à Compressão: para Valores Médios ³ 2,5 MPa; para Valores Individuais ³ 2,0 MPa)
                A verificação dessa característica é fundamental para determinar a segurança estrutural da edificação, pois verifica a capacidade de carga que os blocos de concreto para vedação suportam quando submetidos a forças exercidas perpendicularmente sobre suas faces e determina se as amostras oferecem resistência mecânica adequada, simulando a pressão exercida pelo peso da construção.

                O não atendimento aos parâmetros normativos mínimos indica que a parede poderá apresentar problemas estruturais como rachaduras e, consequentemente, oferecerá riscos de desabamento à construção.

                Das 15 (quinze) marcas analisadas, 05 (cinco) foram consideradas não conformes, pois apresentaram valores de resistência à compressão inferiores aos parâmetros normativos, tanto para valores médios, como para valores individuais. São elas: F, G, M, N e P.
                A tabela II descreve os valores obtidos pelas amostras consideradas não conformes durante o ensaio.
                Tabela II
                Marcas Não ConformesValores de Resistência à Compressão (RC)
                Individuais (RC ³ 2,0 MPa)Médios (RC ³ 2,5 MPa)
                F2,83,12,51,71,51,62,2
                G1,01,31,62,01,31,91,5
                M1,42,11,71,71,62,31,8
                N2,51,22,12,52,02,12,1
                P2,72,31,92,32,12,72,3

                6.2. Verificação das Dimensões Nominais (Largura, Altura, Comprimento e Espessura das Paredes)

                Foram verificadas as três dimensões principais do produto, largura (L), altura (H) e comprimento (C), além da espessura das paredes, e sua conformidade aos parâmetros definidos pela norma técnica. Vide figura a seguir.
                As não conformidades detectadas nesse ensaio indicam que pode ter ocorrido falha no controle de fabricação do produto e no controle de aprovação de lote que libera o material para saída da fábrica. Dessa forma, o consumidor encontrará no mercado produtos despadronizados e, ao comprá-los, terá problemas ao longo da construção em função das diferenças de tamanhos apresentadas, obrigando o construtor a fazer improvisos e aumentando o desperdício de material e financeiro durante a obra.

                No que se refere à verificação da espessuras das paredes dos blocos de concreto vazados, ou seja, "furados" (ver desenho acima), as não conformidades encontradas no produto têm influência direta sobre a resistência mecânica à compressão. Quanto menor a espessura, menor será a resistência e, consequentemente, haverá o comprometimento estrutural da construção.

                Deve ser destacado que todas as amostras compradas deveriam apresentar as seguintes dimensões, de acordo com as definições da norma: 140 mm para largura; 190 mm para altura e 390 mm para comprimento e solicitou-se, no momento da compra, que o responsável por cada marca identificasse, na nota fiscal de compra do produto, as dimensões utilizadas para fins de comercialização.

                Pela análise das dimensões constantes nas notas fiscais, verificou-se que 05 (cinco), dos 15 (quinze) fabricantes analisados, informavam as seguintes dimensões: 150 mm para largura; 200 mm para altura e 400 mm para comprimento.
                Essas dimensões são classificadas como "fora de norma".São eles: B, G, H, M e O. Para esses fabricantes, a verificação dimensional foi feita com base nos tamanhos informados e não com base nos parâmetros normativos, pois, como pode ser observado, são tamanhos maiores do que os exigidos pela norma o que, para o consumidor, pode representar certas vantagens, como a necessidade de comprar número menor de peças, desde que o informado corresponda, efetivamente, à dimensão do produto colocado à venda no mercado.

                Dos 10 (dez) fabricantes que indicavam as dimensões de acordo com a norma, ou seja, 140x190x390 mm, 06 (seis) foram classificados como não conformes, pois apresentavam, pelo menos, uma das dimensões medidas fora da tolerância normativa. São eles: C, D, F, J, N e P.

                A tabela III descreve os valores individuais medidos para cada dimensão para as marcas consideradas não conformes e os parâmetros especificados pela norma.
                Tabela III
                (140x190x390 mm)
                Marcas Não
                Dimensões Medidas ( em mm)
                Conformes
                Largura (L)
                Altura (H)
                Comprimento (C)
                C
                140
                142
                141
                140
                140
                142
                187
                187
                188
                188
                188
                187
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                391
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                D
                142
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                F
                142
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                194
                194
                194
                193
                391
                391
                389
                390
                389
                391
                N
                152
                152
                152
                152
                153
                153
                180
                181
                182
                181
                184
                180
                395
                393
                394
                393
                393
                394
                P
                142
                142
                142
                142
                142
                142
                187
                187
                187
                188
                186
                184
                391
                391
                393
                391
                391
                391
                Parâmetros
                138 mm £ L £ 143 mm
                188 mm £ H £ 193 mm
                388 mm £ C £ 393 mm
                Dos 05 (cinco) fabricantes que indicavam as dimensões "fora de norma", ou seja, 150x200x400 mm, 04 (quatro) foram classificados como não conformes, pois apresentavam, pelo menos, uma das dimensões medidas fora da tolerância normativaSão eles: B, G, M e O.
                A tabela IV descreve os valores individuais medidos para cada dimensão para as marcas consideradas não conformes e os parâmetros definidos a partir das tolerâncias especificadas pela norma.
                Tabela IV
                (150x200x400 mm)
                Marcas NãoDimensões Medidas ( em mm)
                ConformesLargura (L)Altura (H)Comprimento (C)
                B
                151
                151
                153
                153
                150
                152
                190
                189
                188
                192
                188
                191
                402
                402
                402
                403
                402
                401
                G
                152
                151
                152
                151
                152
                152
                184
                181
                186
                181
                189
                184
                389
                393
                391
                393
                390
                393
                M
                151
                150
                151
                151
                150
                149
                190
                185
                192
                191
                194
                200
                404
                404
                405
                405
                404
                404
                O
                153
                152
                153
                152
                152
                153
                189
                188
                191
                191
                191
                191
                403
                404
                402
                403
                403
                403
                Parâmetros
                148 mm £ L £ 153 mm
                198 mm £ H £ 203 mm
                398 mm £ C £ 403 mm
                Em relação à verificação da espessura das paredes, todas as amostras foram consideradas conformes.


                Resultado Geral:

                A tabela IV descreve os resultados obtidos pelas amostras nos ensaios de conformidade realizados e a conclusão final.
                Tabela IV
                Ensaios
                MarcasVerificação das SuperfíciesAbsorção de ÁguaUmidadeResistência à CompressãoVerificação
                Dimensional
                Conclusão
                A
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                B
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                C
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                D
                Conforme
                Não Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                E
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                F
                Não Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                G
                Não Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                H
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                I
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                J
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                L
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                M
                Não Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                N
                Não Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                O
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                P
                Não Conforme
                Conforme
                Conforme
                Conforme
                Não Conforme
                Não Conforme
                O gráfico a seguir descreve o número de não conformidades encontradas em cada uma das marcas analisadas.

                Conclusões:

                De acordo com análise dos resultados obtidos, concluímos que a tendência dos blocos de concreto para alvenaria sem função estrutural existentes no mercado é de se apresentarem em desacordo com os parâmetros normativos vigentes.

                Das 15 (quinze) marcas analisadas, 11 (onze) foram consideradas não conformes, ou seja, cerca de 73% (setenta e três por cento) das marcas analisadas apresentaram irregularidades em relação a, pelo menos, uma das características verificadas.

                O gráfico a seguir descreve o percentual de não conformidades detectadas em cada um
                 dos ensaios realizados.

                Como pode ser observado, o ensaio de Verificação Dimensional apresentou o maior percentual de não conformidades. Dez marcas, ou seja, cerca de 67% (sessenta e sete por cento) das marcas analisadas foram consideradas não conformes. Em segundo lugar, estão os ensaios de Verificação das Superfícies e de Determinação da Resistência à Compressão. Este último detectou não conformidades em 05 (cinco) marcas, ou seja, cerca de 33% das marcas analisadas apresentaram problemas em um requisito que possui influência direta sobre a segurança do produto.

                No ensaio de Determinação do Teor de Umidade, 03 (três) marcas foram consideradas não conformes, enquanto que, no ensaio de Determinação de Absorção de Água, apenas uma marca apresentou índice de absorção acima do parâmetro especificado pela norma técnica.

                Diante dos resultados obtidos, o Inmetro convidará as partes interessadas, ou seja, os fabricantes que tiveram amostras de seus produtos analisadas, o laboratório responsável pela condução dos ensaios, institutos de pesquisa, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, a entidade representativa do setor produtivo e organismos de defesa dos consumidores, para que sejam discutidas ações de melhoria que possam ser adotadas visando a melhoria da qualidade do setor.

                Posicionamento dos Fabricantes:

                Após a conclusão dos ensaios, os fabricantes que tiveram amostras de seus produtos analisadas receberam cópia dos laudos do Inmetro, tendo sido dado um prazo de 15 (quinze) dias para que se manifestassem a respeito dos resultados obtidos.
                A seguir, são relacionados os fabricantes que se manifestaram formalmente, através de fax enviado ao Inmetro, e trechos de seus respectivos posicionamentos.

                A' - Não fez contato com o Inmetro
                B' - Não fez contato com o Inmetro
                C' - Não fez contato com o Inmetro
                D' - Não fez contato com o Inmetro
                E' - Não fez contato com o Inmetro

                F' - "Visando esclarecer os resultados obtidos ... passamos abaixo justificativas e providências:

                1- Devido a recebermos dos nossos fornecedores uma matéria-prima irregular, temos que adaptar o traço a cada dia. Estamos pleiteando, junto aos mesmos, uma qualidade homogênea, para que possamos trabalhar com um só traço e com isso obtermos um só fator de resistência. Caso não consigamos, trocaremos o fornecedor. Esclarecemos, outrossim, que até as cimenteiras encaminharam-nos folhetos indicando que a resistência final depende mais dos agregados utilizados, do que do próprio cimento; embora saibamos que, no inverno, o cimento não reage da mesma forma.

                2- Estamos providenciando junto ao SEBRAE, uma intermediação para obtermos um empréstimo, afim de adquirirmos maquinário mais moderno (o nosso é de prensa manual), visando não só obter maior resistência, bem como a fabricação de blocos de primeira linha (mais liso) para assentamento aparente; mesmo ... que testes anteriormente realizados anteriormente apresentaram resistência compatível. Salva-nos dizer que são testes exclusivamente de resistência.

                3- Juntamente com outros fabricantes do ramo, estamos tentando nos unir em uma associação para que tenhamos força junto aos fornecedores; padronização de produtos e, talvez até uma parceria junto à UFMG ou CREA, afim de que possamos obter um certificado de qualidade para que ... possamos atender uniformemente toda a clientela, uma vez que MATOZINHOS é considerada a Capital do bloco em Minas."
                G' - Não fez contato com o Inmetro
                H' - Não fez contato com o Inmetro.
                I' - "Recebemos ... o fax ... com o resultado dos ensaios efetuados em nossos blocos. Temos todo o interesse em sanar possíveis falhas ... Constatadas possíveis falhas, imediatamente iremos tomar as devidas providências para que o fato não se repita."
                "Informamos ao respeitável Órgão que já tomamos todas as providências possíveis com relação ao excesso de umidade em nossos blocos.
                Aperfeiçoamos a vibração em nossas linhas de produção e melhoramos o aditivo empregado."
                J' - "Tendo recebido ... relatório ... relativo ao ensaio de Blocos de Concreto para vedação retirados em nossa empresa, cumpre-nos observar:

                1. Nossos produtos são produzidos dentro de alto rigor tecnológico e em observância às normas da ABNT.

                2. Contamos em nossa empresa com laboratório onde são ensaiados todos os insumos, bem como os produtos acabados.

                3. Através do relatório de ensaios ... pode-se observar que nossos produtos superam em muito as especificações mínimas da ABNT.

                4. Em apenas um dos quesitos da análise dimensional dos Blocos de Concreto, na altura da peça ensaiada, apurou-se um valor 1,0 (um) mm acima do valor de tolerância especificado pela ABNT, em parte das amostras.
                Informamos que este fato ocorreu por uma ligeira falha em nosso sistema de controle de qualidade que já foi sanada."
                L' - Entrou em contato com o Inmetro, porém não enviou posicionamento formal.
                M' - Não fez contato com o Inmetro.
                N' - Não fez contato com o Inmetro.
                O' - "Com relação aos testes feitos nos blocos tipo 0,15, gostaríamos de informar que a altura do nosso bloco está correta (190 mm) e que na nota fiscal é que saiu errado com 200 mm. Já está saindo correto na nota fiscal.
                Quanto à resistência, o problema é com o fornecimento de matéria-prima (brita/pedrisco) que, às vezes, não conseguimos que os fornecedores nos forneça os materiais com a pureza necessária. Os fornecedores alegam também que estão com problemas devido ao racionamento de energia elétrica. Não existem muitos fornecedores de matéria-prima lavada nesta região de Belo Horizonte. Assim, só temos opção de comprar destes fornecedores.
                Mas, mesmo assim, já tomamos as providências necessárias para regularizar a resistência do bloco."
                P' - Não fez contato com o Inmetro.

                Consequências:

                DATAAÇÕES
                13/01/2002
                Divulgação no Programa Fantástico - Rede Globo de Televisão
                14/01/2002
                Envio do relatório para o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e para os órgãos estaduais delegados do Inmetro.