Monitoramento de erosão
Elas não são exatamente "tijolos inteligentes", mas o conceito é o mesmo.
A ideia é embutir sensores para o monitoramento das obras civis nos próprios materiais usados nas construções.
Para o monitoramento de pontes, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Missouri, nos Estados Unidos, desenvolveram o que eles chamam de "rochas inteligentes".
As estruturas, de formato esférico, foram projetadas para serem despejadas nas fundações das pontes e no leito dos rios ao redor da construção.
Uma das principais causas de colapsos de pontes é um processo de erosão onde o fluxo da água leva embora o solo do leito do rio, criando buracos ao redor dos pilares.
As rochas inteligentes são redondas justamente para rolar para o interior dessas fossas que se formam ao redor dos pilares, informando continuamente aos engenheiros a sua profundidade, o maior indicador de risco para a estrutura da ponte.
"É um conceito simples, mas muito útil. As rochas inteligentes seguem o rastro da progressão da erosão - conforme ela se aprofunda, as rochas também mergulham mais e mais para o fundo," explica o professor Genda Chen, que desenvolveu o projeto com seus colegas David Pommerenke e Rosa Zheng.
Esquema de utilização das rochas inteligentes para monitoramento da estrutura de pontes. [Imagem: Genda Chen]
O grupo está testando três abordagens para as rochas inteligentes: passivas, ativas e semiativas.
As rochas inteligentes passivas levam um ímã que pode ser lido por um magnetômetro remoto, permitindo uma medição de profundidade.
As rochas inteligentes ativas possuem uma completa eletrônica embarcada, incluindo sensor de pressão, giroscópio, temporizador, indicador de bateria e identificador individual, transmitindo dados através de comunicação sem fios.
As rochas inteligentes semiativas incluem um ímã de rotação livre, que pode ser controlado com circuitos eletrônicos apropriados.
Para suportar os rigores do ambiente, todas são recobertas com uma camada de cimento.
Os pesquisadores agora estão se preparando para retirar do rio os primeiros protótipos que eles lançaram ao redor de duas pontes e ver como a estrutura se comportou e qual será a estimativa de sua vida útil.
No caso das rochas inteligentes ativas, suas baterias duram até 10 anos.
Origem:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rochas-inteligentes-monitorar-erosao&id=010180140708#.U8Vgd7Gldtw
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