Aplicado na estrutura resolve dificuldades com solos moles e evita deformações na pista.
Blocos de EPS (Isopor®) foram utilizados em substituição ao solo compactado na duplicação da Rodovia BR 101, na cabeceira da ponte sobre o rio Preto, no estado da Paraíba. Foram usados 7.000 m³ de EPS em blocos com dimensões de 4 metros de comprimento, por 1,25 m de largura e 1 m de altura, fornecidos pela Knauf Isopor, unidade Cabo de Santo Agostinho (PE). Esta é a primeira obra em estradas da região que utiliza o conceito de aterro ultraleve, com aplicação de isopor em solos moles.
Largamente adotada nos Estados Unidos e Europa, a aplicação do EPS em estradas ainda é pouco conhecida no Brasil. O seu uso na estrutura resolve dificuldades com solos moles, substituindo o tradicional aterramento, e serve como base para receber o asfalto, evitando recalques na pista, comuns quando utilizado a terra neste tipo de solo.
Cabeceira da Ponte do Rio Preto (PB) – preparação de terreno para receber blocos de EPS Isopor®
De acordo com João Marcelo Bortoloto, Gerente Comercial da Knauf Isopor, empresa dona da marca registrada Isopor®, e fornecedora deste Isopor® para obra, um dos principais problemas na construção de rodovias é o chamado solo compressível localizado próximo aos leitos dos rios, que são camadas de aterros onde a presença de material orgânico é predominante. “Para resolver as dificuldades com a baixa resistência nestas áreas são aplicados blocos de EPS”, explica o profissional.
Primeira camada – assentamento de blocos no solo.
Neste trecho da BR 101, os blocos de EPS foram colocados na cabeceira da ponte em 5 camadas de 90 metros de extensão, em área de 1.430 m² . Foram utilizados 1.400 blocos, cobertos por um filme plástico (PEAD) protegidos por concreto, sobre o qual se aplicou uma camada menor de aterro tradicional. Após essa etapa, outro pavimento de concreto foi colocado, com cerca de 44 cm concluindo assim toda estrutura.
“O bloco de EPS foi escolhido por ser resistente à compressão, bem mais leve que os outros materiais, proporcionando uma redução na pressão exercida em cima desses solos, e pelo seu baixo custo em comparação com outras tecnologias. Outra qualidade do isopor é ser totalmente reciclável e a sua decomposição levar cerca de 400 anos, o que garante a segurança e a estabilidade ao terreno onde foi aplicado”, ressalta o Gerente Comercial.
Colocação dos blocos feita pelo Exército – 2º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção).
Com 59,4 quilômetros de extensão, a duplicação da BR-101, no chamado "Corredor Nordeste", começa na entrada do município de Lucena, na Paraíba, e se estende até a divisa com o estado de Pernambuco. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT/PB) e do 1ºBatalhão de Engenharia de Construção do Exército.
A elaboração deste projeto e acompanhamento da aplicação do EPS (Isopor®) nesta obra foi da Geoprojetos Engenharia Ltda, empresa de projetos geotécnicos, especializada em projetos e obras para solos moles, responsável também pelo projeto da Vila do Panamericano (RJ), com utilização do EPS.
Nivelamento da primeira camada.
Terceira camada de blocos.
Aplicações dos blocos (quarta camada).
Conclusão da quinta camada de blocos de Isopor e início da aplicação de concreto.
Aplicações dos blocos (quarta camada).
Conclusão da quinta camada de blocos de Isopor e início da aplicação de concreto.
Blocos de Isopor envolvidos por filme de polietileno.
Concreto sobre filme de PEAD e tela metálica.
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