Maior diferença está no bloco de concreto, que custa de R$ 1.450 a R$ 2.770
Vale a pena andar um pouco mais para comprar material de construção em bairros distantes de Belo Horizonte. A economia pode ser de até 91% na compra de alguns produtos em depósitos que praticam preços mais baixos. Isso é o que mostra pesquisa feita pelo Procon Assembleia que comparou os valores cobrados entre diferentes estabelecimentos da capital e da Grande BH.
Segundo a pesquisa, a maior diferença encontrada foi para o bloco de concreto, que pode ser comprado com valores que vão de R$ 1.450 a R$ 2.770 – uma variação de 91%. O menor preço fica no depósito Baratão da Construção, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana. Já o mais caro é encontrado no depósito Triângulo, que fica na Avenida Nossa Senhora do Carmo, região Centro-sul de BH.
O proprietário do depósito, João Cardoso, explica que um dos fatores que pesam sobre o preço dos produtos é o valor gasto com o imóvel, que está em um ponto considerado nobre na cidade. “A gente tem que levar em conta na hora de analisar os valores os custos com tributação, qualidade do produto vendido e a mão de obra”, afirma.
Outra diferença significativa apurada foi para a brita granito. O preço varia de R$ 63,90 a R$ 115, o equivalente a 79%. O mais barato é do depósito Almeidão Materiais de Construção que fica na regional Venda Nova. Já o preço mais salgado, neste caso, está no bairro Renascença, na região Noroeste da capital, a 4,8 quilômetros do Centro.
Já a brita calcária pode ser comprada com diferença de 77%, passando de R$ 63,90 para R$ 113,15. O maior preço do produto novamente foi encontrado no depósito Triângulo. E o mais barato também repete o depósito Almeidão.
Pesquisar antes de comprar torna-se mais importante quando se leva em conta que, em um mês, a média de aumento foi de 2,5% nos preços de materiais de construção. Entre dezembro de 2011 e janeiro deste ano, o que ficou mais caro foi a areia natural, que subiu 5%. Os valores passaram de R$ 74,15 para R$ 70,60. A brita calcária variou 4,9% no mesmo período, passando de R$ 80,88 para R$ 84,83.
Segundo o responsável pela pesquisa, Hugo Henrique Almeida da Silva, nos últimos meses foi observado um aumento mais expressivo no preço do material. Ele acredita que o motivo é a alta da demanda pelo serviço.
O aumento de custo tem penalizado as construtoras que buscam alternativas para não prejudicar a comercialização de unidades lançadas. O diretor da construtora Excelso, Caio Celso Cardoso, explica que não pretende repassar o aumento dos custos para o consumidor final. A estratégia será a redução da margem de lucros em aproximadamente 3,5%. Além disso, ele pretende negociar com os fornecedores um desconto nas compras. “Nós somos parceiros dos nossos fornecedores e, acima de tudo, consumidores, o que nos dá a chance de negociação”, diz.
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