Sebrae apresentou as oportunidades de negócios, como parte
de um programa que também contempla as outras 11 cidades
que sediarão a Copa.
Ex-jogador de futebol Leovegildo Lins da Gama, o Júnior, foi um dos palestrantes no evento promovido para micros e pequenos empresários no Manaus Plaza
Com a Copa do Mundo de 2014, o setor de construção civil vai gerar oportunidades de negócios em segmentos como cultivo de flores e plantas ornamentais; no setor de tecnologia da informação, surgirão oportunidades para empresas de reparo e manutenção de equipamentos de comunicação; na área de turismo, para agentes de viagens e prestadores de serviços nos segmentos de alimentação e bebidas; e na produção associada ao turismo, oportunidades como produção de espetáculos artísticos. Estes são apenas alguns exemplos dos 450 negócios interligados ao evento da Fifa que foram mapeados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Ontem, o Sebrae Amazonas apresentou as oportunidades de negócios do evento focadas em Manaus, como parte de um programa que também contempla as outras 11 cidades que sediarão a Copa. Em cada uma das cidades, além de divulgar as oportunidades de negócios, o Sebrae está investindo R$ 3 milhões para qualificar as micros e pequenas empresas. Enquanto em setores como Construção Civil (com obras de infraestrutura) e Turismo (com hotéis e passeios) existem atividades fáceis de relacionar com a Copa do Mundo, a FGV também encontrou oportunidades em outras atividades nem tão “encaixadas” com o evento, como é o caso do comércio de móveis rústicos de madeira de demolição ou a venda de hortifrutigranjeiros, por exemplo (ver quadro).
O diretor-superintendente do Sebrae do Amazonas, Nelson Rocha, disse que cada setor foi analisado a partir da cadeia em que está inserido. No setor de construção civil, por exemplo, foram identificadas cerca de 140 oportunidades e na indústria de confecção cerca de 60. “A construção civil não necessita apenas de mestre de obras, os funcionários precisam estar uniformizados e vão precisar de uma empresa de confecção, assim como uma de alimentação que forneça refeições”, explicou o diretor-superintendente.
Atualmente o Amazonas tem 48 mil micros e pequenos empresários e ainda 18 mil empreendedores individuais. Ontem mesmo, eles receberam contato de grandes empresas que venceram licitações para executar obras da Copa em Manaus, como a Andrade Gutierrez. Foi o caso da Premium Construção Civil, do empresário Robson Matheus. A empresa foi criada há pouco mais de um ano e tem 26 funcionários técnicos em hidráulica. A empresa tem recebido orientações e capacitação do Sebrae e sente-se pronta para assumir uma parte da obra visando a Copa no Brasil.
Nelson disse ainda que os gargalos que surgirão em cada setor também foram analisados pela FGV que orientou como solucioná-los. O diretor-superintendente lembrou que uma grande barreira a ser quebrada é a ideia de que é difícil negociar com o setor público. “Os pequenos empresários precisam acreditar que é possível firmar parcerias com o setor público”.
O coordenador nacional do Programa Sebrae Copa 2014, Dival Schmidt, explicou ainda que os micros e pequenos empresários, se bem estruturados, poderão prestar serviços diretamente a grandes empreendimentos da Copa. “Não teremos só a obra da Arena da Amazônia, monotrilho ou Bus Rapid Transit (BRT)”, lembrou Nelson. Se for necessário o Sebrae-AMi irá investir até na qualificação dos funcionários das micros e pequenas empresas.
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